Domingos Isabelinho - The Reading Gaze (EN)

Estes ensaios foram originalmente publicados, com ligeiras variações, nas revistas Satélite Internacional (Porto, 2005) e L’indispensable (Nîmes, 2011), no site da revista Indy Magazine (EUA, 2004) e nos blogues The Crib Sheet (Portugal, 2008–10, 2015) e The Hooded Utilitarian (EUA, 2010–11, 2013).

“Foi a 24 de Fevereiro de 2004, às 08:27 da manhã, no fórum do Comics Journal.” Esta é a primeira frase do meu blogue, The Crib Sheet. O que aconteceu nesse dia e a essa hora específica foi que, cansado da acusação de não gostar de banda desenhada, decidi escrever uma lista das minhas favoritas. Com essa lista, a minha resposta foi: eu gosto de banda desenhada, simplesmente não gosto das mesmas que tu. Esta é a génese e explicação do subtítulo deste livro, “As Minhas Bandas Desenhadas.” Por outro lado, se insistes que eu não gosto de banda desenhada porque o que está neste livro não são propriamente autores de BD, não te preocupes, também gosto deles, só ainda não estão aqui porque dividi o corpus da banda desenhada em dois: O Campo Alargado e o Campo Restrito. Este livro é, portanto, uma postura anti-essencialista, um grito de liberdade a partir da tinta-da-china sobre papel, se preferires...

Domingos Isabelinho nasceu em Lisboa, em 1960. Colaborou com as revistas Nemo, Quadrado, Satélite Internacional, Splaft!, diversos catálogos dos salões de BD do Porto, Lisboa e Amadora (Portugal), The Comics Journal, The International Journal of Comic Art (EUA), L’indispensable (França), European Comic Art (Reino Unido). Escreveu também o prefácio de uma das mais recentes edições do livro I Labirinti, de Guido Buzzelli (Itália). Co-comissariou uma exposição de Buzzelli em Lisboa e uma exposição da sua colecção de arte original no Festival de BD de Beja (Portugal). Escreveu vinte e três entradas no livro 1001 Comics You Must Read Before You Die (Reino Unido). Em 2012, foi convidado para o seminário Aesthetics of Contemporary Comics em Oslo (Noruega).